Boletim Informativo do Mandato do Vereador Eudes Paiva/PT

quinta-feira, maio 25, 2006

Datafolha: Lula amplia vantagem e pode vencer Alckmin no 1º turno

A pesquisa Datafolha que será divulgada na edição da Folha de S.Paulo desta quinta-feira revela que a vantagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o tucano Geraldo Alckmin aumentou e com isso o petista pode vencer já no primeiro turno.

Com Garotinho candidato, a diferença de Lula sobre Alckmin, que era de 20 pontos em abril, aumentou para 22 pontos.

Nesse cenário, Lula aparece na pesquisa com 43% das intenções de voto, contra 21% do tucano. Em abril, Lula tinha 40% contra 20% de Alckmin.

Garotinho, que chegou a 15% em abril, caiu para 7%. A diferença entre Lula e Garotinho subiu de 25 pontos para 36 pontos. Já a diferença para o tucano Alckmin, subiu de 5 pontos para 14 pontos.

O resultado é coerente com o da pesquisa CNT/Sensus, que mostrou que Lula subiu de 37,5% em abril para 40,5% em maio. Alckmin recuou de 20,6% para 18,7%. Garotinho caiu de 15% para 11,4%.

Vitória no primeiro turno
Lula poderia vencer já no primeiro turno. A vitória ocorreria em dois cenários: sem a candidatura do PMDB e se o candidato peemedebista fosse o senador Pedro Simon (RS).

O PMDB não tendo candidato, Lula aparece com 45% contra 22% de Alckmin. Contra Pedro Simon, Lula teria 44%. Alckmin ficaria com 22% e Simon com 2%.

Segundo turno
O levantamento mostrou que Lula venceria tanto Alckmin como Garotinho num eventual segundo turno. Contra Alckmin, Lula venceria por 52% a 35% - uma diferença de 17 pontos. Em abril a vantagem de Lula sobre Alckmin no segundo turno era de 15 pontos.

Contra Garotinho, Lula venceria por 57% a 24%, uma diferença de 24 pontos. Em abril, a diferença era de 22 pontos.

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terça-feira, maio 16, 2006

Sanguessugas - CGU identifica 60 municípios com irregularidades nas compras de ambulâncias

A CGU acaba de concluir levantamento das irregularidades verificadas na compra de ambulâncias em todos os Estados que tiveram municípios fiscalizados a partir do seu Programa de Sorteios. Foi feita uma análise nas constatações do 4º ao 17º sorteio de municípios, que identificou 60 áreas municipais nas quais as aquisições de unidades móveis de saúde revelaram direcionamento da licitação, falhas nos processos licitatórios, falhas na aquisição e na entrega das ambulâncias e superfaturamento nos valores de compra. O levantamento, no entanto, não indica necessariamente que há envolvimento com o mesmo esquema fraudulento de compra de ambulâncias revelado pela Operação Sanguessuga.

No 4º sorteio, as irregularidades ocorreram nos municípios de Caracaraí (RR) e Pirambu (SE). No 5º, em Lucas do Rio Verde (MT), Bagre (PA), Cerejeira (RO) e Igaratá (SP). No 6º, em Cascavel (CE), São Pedro do Piauí (PI), Salto do Céu (MT), Itatiaia (RJ), Buritis (RO) e Sumaré (SP).

Já na 7ª edição do programa, os municípios cujas compras de ambulâncias revelam problemas foram Lagoa da Canoa (AL), Irecê (BA), Sinop (MT), Capim Branco (MG), Corumbiara (RO). Na 9ª edição dos sorteios, estão incluídos Barra do Piraí (RJ), Três Rios (RJ), São José do Belmonte (PE), São José do Rio Claro (MT). Já na 10ª edição, isso ocorreu com Itabela (BA), Lambari d'Oeste (MT), Traipu (AL), Santa Maria Madalena (RJ), São João do Meriti (RJ).

No 11º sorteio, foram verificados os mesmos problemas nos municípios de Marataízes (ES), Ituaçu (BA), Colniza (MT), Pontes e Lacerda (MT), Mendes (RJ), Garibaldi (RS) e Promissão (SP). No 12º sorteio, em Mambaí (GO), Amélia Rodrigues (BA), Apiaí (SP), Doutor Ulisses (PR), Guaraniaçu (PR), Nova Esperança do Sul (RS), Nova Friburgo(RJ), São Brás (AL), São José do Povo (MT).

No 13º, Cristianópolis (SE), Santo Antônio do Descoberto (GO), Alta Floresta (MT), Campina Verde (MG), Capitão Enés (MG), Saquarema (RJ), Nova Mutum (MT) e Wanderley (BA) apresentaram problemas. No 14º, Pedrinhas (SE), Manoel Ribas (PR). No 15º, Boquira (BA), Campo Novo de Rondônia (RO), Juranda (PR); e no 16º, Boninal (BA), Feliz Natal (MT), Medeiros Neto (BA), Senador Cortes (MG) e Ortigueira (PR).

Prestações de contas
Além desse levantamento, a CGU já enviou à Polícia Federal um total de 301 processos de prestação de contas de convênios para compras de ambulâncias recolhidos nos núcleos estaduais do Ministério da Saúde em 17 Estados. Os processos selecionados foram aqueles em que já haviam sido apresentadas as prestações de contas.

A partir da análise desses processos, a CGU constatou a presença do mesmo grupo de empresas, liderado pela Planam, em cerca de 90 % dos casos. Os restantes, principalmente na Região Sul e nos Estados do Piauí e Maranhão, apontam nomes de outras empresas.

sábado, maio 06, 2006

Esquema criado por Tucanos foi frustrado no governo Lula

"O “valerioduto”, esquema de financiamento de campanhas criado pelos tucanos, e que beneficiou o PSDB pelo menos em 1998, não prosperou no governo Lula”.

O esquema de captação ilegal de recursos para campanhas eleitorais, operado pelo empresário e publicitário Marcos Valério, que ficou conhecido desde a campanha à reeleição do governador de Minas Gerais, EDUARDO AZEREDO (PSDB/MG) em 1998, foi barrado no atual governo.

O operador do esquema aproximou-se sutilmente do Partido dos Trabalhadores, participando discretamente da campanha eleitoral de 2002 e supostamente tinha planos para arrecadar R$ 1 bi, utilizando-se de gestões indevidas no Banco Central para ações junto aos bancos Econômico, Mercantil de Pernambuco e Oportunity, além de operações de passivos na área de agropecuária, segundo entrevista ao jornal "O Globo", concedida pelo ex-secretário-geral do PT, Sílvio Pereira.
O operador não conseguiu exercer o tráfico de influência que pretendia no Banco Central. Da mesma forma, não conseguia contatos com membros do governo Lula, sendo repelido por Zé Dirceu, então Ministro da Casa Civil, que não o recebia. A antiga cúpula do PT chegou a ser prejudicada pelo esquema do publicitário, fazendo-a perder o controle sobre as contas do Partido.

Após tantas idas e vindas, desiludido com o fracasso em tentar corromper o governo petista, o publicitário acabou por apresentar os seus gastos ao Partido, fato que foi exaustivamente investigado pela CPI do "Mensalão" e CPI dos "Correios".

É o que se depreende da entrevista concedida pelo ex-secretário-geral do partido Sílvio Pereira.

O ex-secretário-geral do PT, Silvio Pereira, afirmou que o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, o pivô do escândalo do suposto "mensalão", planejava arrecadar R$ 1 bilhão por meio de esquemas ilegais com empresários que tinham negócios com o governo.

O ex-dirigente petista fez a revelação em entrevista ao jornal "O Globo", que adiantou hoje trechos do depoimento em seu site.

"O PT virou refém do Marcos Valério, não tinha mais jeito. O Marcos Valério estabeleceu canais próprios com petistas e com não-petistas. Tem muita gente, muitos partidos. Só que tudo caiu na nossa conta", diz ele.

"O que aconteceu é que o Delúbio perdeu o controle. Ele só sabia de três ou quatro deputados do PT. O resto, que recebeu no Banco Rural, não era esquema do Delúbio", afirma.

Segundo ele, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não sabia da atuação de Marcos Valério, sendo a tentativa das suas supostas intenções do conhecimento de apenas alguns ex-dirigentes do partido.

No início da crise política de 2005, Silvio Pereira foi apontado pelo então deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) como gerente de um esquema de corrupção nas estatais para abastecer a base aliada por meio de caixa dois.

O ex-secretário-geral do PT negou as acusações do deputado cassado Roberto Jefferson de que haveria trocas de malas de dinheiro no esquema de propinas pagas para financiar campanhas petistas.

Ele admitiu ter cometido um único erro: ter recebido um jipe de presente de um executivo da empresa GDK, que tem contrato com a Petrobras, e pediu sua desfiliação do PT, afirmando estar profundamente arrependido e que devolveu o presente.

Demonstra ainda, que devido a este erro, seus canais de comunicação com o Partido foram cortados. Que tentou conversar com o atual presidente do PT, Deputado Ricardo Berzoini, mas ele, nem qualquer outro dirigente do PT o recebera.

Relata uma vasta relação de serviços prestados ao Partido, bem como suas atribuições na área de organização partidária, onde atuou durante a maior parte do período em que foi dirigente, além das suas dificuldades quando se tornou secretário-geral, sobretudo ao tentar preencher vagas em cargos por indicação de políticos da base aliada.

Sílvio mostrou na entrevista que o Marcos Valério não conseguiu levar para frente seu plano, se é que tinha um plano, e que o governo jamais concordou que ele fizesse qualquer coisa nesse sentido.

A entrevista deixa claro que se alguém quis fazer algo irregular, o governo abortou isso. Também ficou claro, pelo que falou Silvio, que o governo e o PT são honestos. Isso, porque Sílvio disse que teve dificuldades para fazer as costuras políticas, já que muitos ministros do PT recusavam-se a nomear para seus ministérios pessoas de outros partidos.

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