Boletim Informativo do Mandato do Vereador Eudes Paiva/PT

quarta-feira, dezembro 21, 2005

Bolívia popular

A nova classe política boliviana, que usa poncho, sandálias, detesta gravatas e emergiu na eleição de domingo passado, se expressou nesta quarta-feira, pela primeira vez, em reunião plenária do Movimento ao Socialismo (MAS), de Evo Morales, o novo presidente do país.No encontro do MAS, no povoado quíchua de Quillacollo (400 km a leste de La Paz), cerca de 500 representantes de organizações indígenas e camponesas falaram de seus projetos, esperanças e tomaram posições para definir as diretrizes da futura administração do líder "cocalero".

Mensagem de Natal



Desejamos a todos um Feliz Natal e Próspero Ano Novo!

São os meus votos, da minha esposa Celeste e dos nossos filhos Larissa, Bárbara e Felipe.

Relatório da CPI

Está no Blog do Noblat - 21/12/2005 ¦ 19:20

E aí, CPI?


A CPI dos Correios fez uma festa hoje com o relatório de Osmar Serraglio (PMDB-PR). Principalmente em relação aos valores repassados pela Visanet à DNA Propaganda, de Marcos Valério. O relatório usou com base uma auditoria feita pelo Banco do Brasil sobre as antecipações financeiras que a Visanet fez a agências de publicidade desde 2001.
Segundo a CPI, a auditoria apontou irregularidades a partir de 2003. E 2001 e 2002, no governo anterior? O relatório diz que não houve problemas. Pelo contrário: afirma que antes de 2003 as antecipações foram justificadas. Mas não é bem assim, informa Leandro Colon. A auditoria apontou sim falhas desde 2001. Mas Serraglio preferiu não colocar. Ou se esqueceu. Veja abaixo o que diz trecho da auditoria do BB:
"Foi constatada a inexistência de normas e procedimentos internos, formalmente definidos, disciplinando a gestão e a operacionalização dos recursos do Fundo Visanet, no período compreendido entre a constituição do Fundo, em 2001, e meados de 2004
(....)
Em setembro e novembro de 2001 e em junho e outubro de 2002 foram concedidas antecipações, para a realização de ações específicas, contra a apresentação de documento fiscal de emissão de agência de publicidade, no valor global de cada ação, num total de R$ 48,3 milhões, representando 79,41% do total de recursos destinados ao Banco, no período.
As notas técnicas que aprovaram as ações, nesse periodo, especificavam as campanhas ou eventos a serem realizados. Foram apreciadas nas instâncias competentes e não faziam referência a antecipações e nem as autorizavam.
Não há registro, na documentação apresentada, que indique a instância que autorizou essas antecipações.
Não foram localizadas, na documentação disponibilizadas, as notas fiscais, faturas ou recibos de fornecedores/prestadores de
serviços que teriam sido contratados pelas agências para a realização das ações citadas no item 6.4.16 - antecipações ocorridas em 2001 e 2002 - no valor de R$ 48,3 milhões.
(...)
Os fatos constatados, no período de 2001 a 2004, impuseram danos à imagem, em decorrência das menções aos mesmos, divulgadas na imprensa, e expõem o Banco à possibilidade de eventuais questionamentos de órgaos fiscalizadores".

E aí, CPI?

segunda-feira, dezembro 19, 2005

Reconstruindo o PT

Depois de ficarem afônicos durante grande parte da crise política, os intelectuais petistas estão lentamente deixando a letargia e buscam agora engrossar o coro dos que exigem a virada na política econômica, alianças eleitorais à esquerda e tolerância zero ao caixa dois, em possível segundo mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Irritados, tentam recuperar um espaço que já foi deles no partido e que foi gradualmente reduzido desde que a revolução pragmática, comandada por José Dirceu, começou, há dez anos. Ironia das ironias, é o mesmo Dirceu que é hoje aliado tático contra o conservadorismo econômico. “Não perdôo os responsáveis pelo que aconteceu no partido. Não aceito e não perdôo. No meu partido, não aceito isso, de forma alguma”, diz a socióloga Maria Victoria Benevides, da Faculdade de Educação da USP. O desabafo da professora é motivado pelo último lance da contabilidade criativa do ex-tesoureiro Delúbio Soares, o depósito de R$ 1 milhão para a Coteminas, empresa do vice-presidente, José Alencar. O desgosto de Benevides, no entanto, transparece também na crítica à política econômica de Antonio Palocci (Fazenda). “É o que existe de pior no governo.” Discretamente, está em curso no PT e em seu entorno uma movimentação para “fazer a disputa” do novo programa de governo de Lula, para a campanha da reeleição. Uma coalizão informal entre ministros liderados por Dilma Rousseff (Casa Civil), movimentos sociais e os “radicais” petistas já pode ser identificada, em oposição ao domínio da equipe econômica. É nessa canoa que os intelectuais querem entrar. “O novo programa de governo precisa trazer o conceito claro de que a gestão macroeconômica do primeiro mandato teve o caráter de transição, para superar o modelo neoliberal. Tem de haver mudança fundamental e o resgate de nossas bandeiras históricas”, diz o cientista político Juarez Guimarães, professor da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Ligado à Fundação Perseu Abramo, centro de estudos políticos do partido, Guimarães já conseguiu fincar o pé da intelectualidade petista na comissão preparatória do programa de governo, um primeiro sinal de prestígio recuperado. Quem coordena a comissão é o assessor especial da Presidência, Marco Aurélio Garcia, um raro intelectual petista com poder real no governo. Para o ano que vem, os intelectuais prometem mais. Querem ser ouvidos nos fóruns partidários. Vão participar de pelo menos seis seminários organizados no primeiro semestre pela fundação em parceria com o instituto alemão Friedrich Ebert. À bancada petista na Câmara dos Deputados já falaram Guimarães e Emir Sader, cientista político da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro). Outros também estão nos planos.

Inserir