Está no Blog do Noblat - 21/12/2005 ¦ 19:20
E aí, CPI?A CPI dos Correios fez uma festa hoje com o relatório de Osmar Serraglio (PMDB-PR). Principalmente em relação aos valores repassados pela Visanet à DNA Propaganda, de Marcos Valério. O relatório usou com base uma auditoria feita pelo Banco do Brasil sobre as antecipações financeiras que a Visanet fez a agências de publicidade desde 2001.
Segundo a CPI, a auditoria apontou irregularidades a partir de 2003. E 2001 e 2002, no governo anterior? O relatório diz que não houve problemas. Pelo contrário: afirma que antes de 2003 as antecipações foram justificadas. Mas não é bem assim, informa Leandro Colon. A auditoria apontou sim falhas desde 2001. Mas Serraglio preferiu não colocar. Ou se esqueceu. Veja abaixo o que diz trecho da auditoria do BB:
"Foi constatada a inexistência de normas e procedimentos internos, formalmente definidos, disciplinando a gestão e a operacionalização dos recursos do Fundo Visanet, no período compreendido entre a constituição do Fundo, em 2001, e meados de 2004
(....)
Em setembro e novembro de 2001 e em junho e outubro de 2002 foram concedidas antecipações, para a realização de ações específicas, contra a apresentação de documento fiscal de emissão de agência de publicidade, no valor global de cada ação, num total de R$ 48,3 milhões, representando 79,41% do total de recursos destinados ao Banco, no período.
As notas técnicas que aprovaram as ações, nesse periodo, especificavam as campanhas ou eventos a serem realizados. Foram apreciadas nas instâncias competentes e não faziam referência a antecipações e nem as autorizavam.
Não há registro, na documentação apresentada, que indique a instância que autorizou essas antecipações.
Não foram localizadas, na documentação disponibilizadas, as notas fiscais, faturas ou recibos de fornecedores/prestadores de
serviços que teriam sido contratados pelas agências para a realização das ações citadas no item 6.4.16 - antecipações ocorridas em 2001 e 2002 - no valor de R$ 48,3 milhões.
(...)
Os fatos constatados, no período de 2001 a 2004, impuseram danos à imagem, em decorrência das menções aos mesmos, divulgadas na imprensa, e expõem o Banco à possibilidade de eventuais questionamentos de órgaos fiscalizadores".
E aí, CPI?